Isabel não sabe quem é nem sabe o que quer, mas tem uma vontade irresistivel de escrever. Sobre o quê? Também não sabe, mas o assunto surge assim que a caneta toca no papel e normalmente é sobre ela mesma.
Isabel tem um computador catita, e través dele acede a mundos onde queria estar. Ana tem também um telemóvel, um saco de gomas vazio, uma cadeira cheia de roupa e uma trança no cabelo.
Isabel tem um problema: Ana não acredita e a vida desta é a dos outros. Comecemos pela descrença: Isabel não acredita no esforço, depois de começar acha que já não vale a pena, deixa então tudo a meio. Ela também não acredita na solução, procura mesmo assim, sem esperança.
Isabel não tem a vida que quer, e na insuficiência de condições, não consegue recriar. Em troca vive os pedaços. Sobrevive.
Acreditar. Não acreditar. Tudo passa pelo que nós somos para nós próprios. Ana Isabel, uma só pessoa?
ResponderEliminarproponho a criação de metas - uma para Isabel, outra para Ana, inconclusivas sempre, aos pedaços. Não se trata de sobrevivência, mas de vida!
ResponderEliminarSe na relevância dos gestos encontrarem a continuação deste blog, então as metas têm pedaços conclusivos.